Existe uma coisa que se chama falsa liberdade. Considero o mais terrível sentimento humano e o mais necessário também, já que ninguém goza de uma liberdade plena.
Ele (o sentimento de falsa liberdade) é terrível porque faz a pessoa acreditar que a mera satisfação desenfreada de seus apetites o fará se sentir livre e pode levá-la a assumir riscos desnecessários e a se enveredar em certos vícios, por amor à vivência do prazer, como o vício por sexo, bebidas, drogas, jogos, comida, alimentação ou imaginação.
Ele é necessário porque é a alavanca dos poderosos ímpetos inconformistas, os quais impulsionam a evolução humana. Certas pessoas necessitam viver nesta falsa liberdade para conseguirem expressarem-se, contudo não conseguem viver assim por muito tempo, já que dar vazão à insaciável curiosidade exige um malabarismo com diversas experiências a ponto de causar um esgotamento nervoso. A consequência a este turbilhão libertário é a apática estagnação, já que as pessoas também têm necessidade da sensação de segurança e estabilidade.
Mas o que seria a verdadeira liberdade?
Prefiro conceituar o que não é: não é a falsa liberdade que esgota, nem a estagnação que enclausura.
Aprendi que ela gira em torno da atitude disciplinada e do envolvimento com a experiência, como um prazer na saudável disciplina do compromisso que estabelece com certas prioridades na vida.
Renato Russo estava certo.
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